No início de abril, guitarrista
foi hospitalizado após sofrer desidratação.
Ele tinha diabetes tipo 2 e foi
internado novamente há poucos dias.
O músico B.B. King, considerado
o "Rei do Blues" e integrante do Hall da Fama do Rock and Roll desde
1987, morreu na madrugada desta sexta-feira (15) em Las Vegas, nos Estados
Unidos, aos 89 anos de idade, informou seu advogado.
No início de abril, o
guitarrista havia sido hospitalizado após sofrer uma desidratação por causa da
diabetes tipo 2 da qual sofria há mais de 20 anos. Ele voltou a ser internado há
poucos dias.
A lenda
se despede com 16 prêmios Grammy, mais de 50 discos em quase 60 anos de
carreira e músicas que marcaram época, como “Three o’clock blues”, “The thrill
is gone”, “When love comes to town”, “Payin’ the cost to be the boss”, “How
blue can you get”, “Everyday I have the blues”, “Why I sing the blues”, “You
don't know me”, “Please love me” e “You upset me baby”.
Considerado o maior guitarrista
de blues da atualidade, verdadeira lenda, Riley B. King, nasceu em 16 de
setembro de 1925, no Mississippi, nos Estados Unidos. Tocava nas esquinas e em
bares. Comprou o primeiro violão quando a falta de eletricidade no interior do
país fazia dos instrumentos musicais a maior atração dos anos de 1940.
O músico foi autodidata, nunca
teve professor. Gostava de ser seduzido pelas melodias. O B.B. de seu nome
artístico vem de Blues Boy, dos tempos do rádio.
Seu primeiro grande sucesso
nacional foi “Three o'clock blues”, que estourou nos anos 1950. A partir daí
começou a fazer turnês sem parar. Só no ano de 1956 sua banda chegou a fazer
342 apresentações.
B.B. King criou um estilo autêntico
de guitarra. Em seus solos, ao contrário de outros guitarristas, o Rei do Blues
preferia usar poucas notas. Ele dizia que conseguia fazer uma nota valer por
mil.
Paixão era a guitarra
Ele tinha verdadeira paixão por
seus instrumentos. Tanto que enfrentou um incêndio durante um show para salvar
uma de suas guitarras. O fogo teria começado numa disputa entre dois rapazes
por uma garota. Depois desse episódio suas guitarras passariam a ser
carinhosamente chamada de “Lucille”, o nome da jovem.
A fama de suas guitarras ganhou
o mundo. Em 1997, King presenteou o papa João Paulo II com uma “Lucille”, no
Vaticano.
Em 2012, fez parceira
inesperada com o presidente americano Barack Obama, durante um show de blues na
Casa Branca.
Em outubro de 2014, o guitarrista
precisou abandonar um espetáculo em Chicago, diante de um quadro de
desidratação e esgotamento, o que provocou a suspensão do restante da turnê,
que ainda tinha 8 shows programados.
Aos 86 anos, ainda fazia cerca
de 100 apresentações por ano. O último show no Brasil ocorreu em 2012, em São
Paulo. Antes, se apresentou no Rio de Janeiro e em Curitiba.
Influente
Considerado um dos artistas
mais influentes de todos os tempos, seu talento inspirou outros grandes
guitarristas, como Stevie Ray Vaughan, Jeff Beck, Jimi Hendrix, George Harrison,
Buddy Guy e Eric Clapton.
B.B. King ganhou diversos
Grammy Awards: melhor desempenho vocal masculino de Rhythm & Blues, em
1970, com “The thrill is gone”; melhor gravação étnica ou tradicional, em 1981,
com “There must be a better world somewhere”; melhor gravação de blues, em
1983, com “Blues’N jazz”, e, em 1985, com “My guitar sings the blues”. Em 1970,
Indianopola Missisipi Seeds concede-lhe o Grammy de melhor capa de álbum. A
Gibson Guitar Co. o nomeou “embaixador das guitarras Gibson no mundo”.
King se casou duas vezes.
Primeiro com Martha Lee Denton, com quem viveu entre 1946 e 1952; e, depois com
Sue Carol Hall, entre 1958 e 1966. O artista deixa 14 filhos e mais de 50
netos.
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